Representatividade negra na publicidade brasileira
Palavras-chave:
representatividade, Comunicação, Mídias, Estratégias AtivasResumo
Este artigo examina a representação do brasileiro na mídia, com foco especial na representatividade negra. A pesquisa aborda a presença da população negra na televisão, analisando canais abertos e sua relação com movimentos de luta por equidade de direitos e representação. Além disso, discute-se a importância das plataformas digitais como espaços ampliados para debates sobre representatividade.
As artes, como música e produções audiovisuais, são exploradas como meios de expressão e preservação das memórias negras, destacando artistas que deixaram sua marca na história. Também é observado que muitos conceitos e referências brasileiras são influenciados pelos modelos americanos, evidenciado pelo sucesso de séries como "Todo mundo odeia o Chris", "Eu, a patroa e as crianças" e "Um maluco no pedaço" importadas para o Brasil nos anos 2000.
Um estudo de caso é apresentado para ilustrar os desafios enfrentados na representatividade negra na publicidade. A análise da peça publicitária intitulada "Capriche na selfie" destaca o destaque dado às mulheres negras e a quebra de estereótipos alcançada por essa campanha. O artigo também menciona a censura dessa peça pelo presidente Jair Bolsonaro, levantando questões sobre respeito à equipe de comunicação responsável pela campanha.
Além disso, são discutidos os impactos adversos da ausência de representação de mulheres negras na publicidade, assim como a importância de abordar o público LGBTQIA+ de forma inclusiva. O artigo menciona o uso da linguagem e estratégias de "crossadvertising" como forma de ampliar o apelo das campanhas.
Por fim, são abordadas mudanças recentes nas representações da marca Seda, reconhecida por seus produtos de cuidados com os cabelos. Essas mudanças refletem uma transformação nos estereótipos presentes nas publicidades, conforme discutido por pesquisadoras no campo.
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